Apesar de toda a alegria que o futebol traz, em todos os jogos existem riscos e parte deles são as lesões que os jogadores podem sofrer.
Todo fã de futebol conhece algum jogador que sofreu uma lesão muscular. Em suma, uma lesão ou ruptura pode ser decorrente de acelerações e giros bruscos, quedas bruscas após pular ou colidir com um adversário, más condições do campo e até mesmo características físicas do jogador, como sexo ou alguma insuficiência física.
Entre as lesões esportivas mais frequentes entre os jogadores de futebol estão as lesões ligamentares, entorses, lesões musculares e fraturas. Continue lendo e confira as características dos tipos de lesões mais frequentes nos jogadores de futebol.
Quais são as 5 lesões mais comuns no futebol?
Existem diferentes categorias de lesões, no entanto, as mais comuns são:
1. Distensão na virilha
Uma distensão na virilha ocorre quando um dos músculos da parte interna da coxa é esticado, ferido ou rompido. Uma distensão na virilha pode ser mais leve ou mais grave, dependendo dos sintomas que acompanham a lesão e de sua intensidade. Assim, os principais sintomas incluem:
- Inchaço na região da virilha;
- Espasmos musculares;
- Fraqueza na perna afetada;
- Dificuldades para caminhar.
Para tratar uma distensão na virilha, é importante que você primeiro identifique a gravidade do problema. A depender disso, alguns casos requerem poucos cuidados e algumas semanas de reabilitação. Por outro lado, nos casos mais graves, pode ser preciso uma operação cirúrgica para tratar a lesão.
2. Distensão dos isquiotibiais
Uma das lesões mais comuns no futebol é a distensão dos isquiotibiais. Isso ocorre quando um ou mais dos músculos que correm pela parte de trás da perna ficam excessivamente esticados ou distendidos e começam a se romper.
Como uma distensão na virilha, existem níveis de gravidade, ou seja, eles podem ser leves, com pouca dor e um curto período de recuperação. Ou podem ser graves e exigir uma operação e semanas de reabilitação.
Os sintomas de uma distensão dos isquiotibiais são bastante óbvios porque você os percebe imediatamente. O jogador geralmente sente uma dor aguda e estalante na parte de trás da coxa. E é muito provável que ele não consiga continuar correndo e participando do jogo. Outros sintomas de distensão dos isquiotibiais incluem:
- Dor na parte de trás da coxa ao estender ou dobrar a perna;
- Sensibilidade incomum ao toque ou pressão;
- Fraqueza na perna afetada por um tempo após a lesão.
3. Ruptura do ligamento cruzado anterior
Os ligamentos cruzados são duas estruturas que se cruzam na parte interna do joelho, fixam a tíbia ao fêmur e proporcionam estabilidade nos movimentos de extensão e flexão. Existem dois tipos de ligamentos cruzados:
- Ligamento cruzado anterior (LCA): impede que a tíbia se mova para frente em relação ao fêmur. Sua ruptura é a mais frequente.
- Ligamento cruzado posterior (LCP): impede que a tíbia se mova para trás.
A ruptura desses ligamentos ocorre após uma mudança repentina na direção do joelho, uma desaceleração exagerada ou uma contusão. Pode ocorrer, por exemplo, quando a extremidade fica mal apoiada após um salto ou quando é parada abruptamente durante uma corrida. Assim, os sintomas incluem:
- Dor intensa na região;
- Dificuldade ao tentar apoiar a perna, mesmo não conseguindo usá-la para se movimentar;
- Instabilidade na articulação do joelho.
De acordo com a gravidade, o tratamento também inclui reabilitação com exercícios de contração do quadríceps para prevenir a atrofia da articulação e fortalecer os músculos do joelho.
Em casos mais graves é preciso intervenção cirúrgica, por meio da artroscopia, que é realizada com instrumentos endoscópicos, sendo a melhor opção para tratar esta lesão.
4. Ruptura do menisco
Também localizado no joelho, o menisco é um disco cartilaginoso em forma de C que absorve o impacto da atividade esportiva e ajuda a sustentar o joelho. A ruptura do menisco é uma lesão esportiva bastante comum, especialmente em esportes de contato, como o futebol.
Os sintomas de uma ruptura do menisco variam dependendo da gravidade da lesão, mas o jogador geralmente percebe:
- Um estalo no joelho no momento da lesão;
- Dor no centro ou na lateral do joelho;
- Mobilidade articular reduzida;
- Sensação de que o joelho vai ficar travado ao tentar flexioná-lo.
O tratamento para essa lesão consiste no controle da dor por meio de analgésicos, crioterapia em caso de inflamação e tratamento fisioterapêutico orientado por um profissional. Entretanto, se não houver uma evolução favorável, o paciente deve se submeter ao tratamento cirúrgico.
5. Inflamação do Tendão de Aquiles
O calcanhar de Aquiles é um dos tendões que movem nosso corpo, um cordão muito resistente que se estende desde os músculos da panturrilha até o calcanhar e é essencial para que o pé se mova livremente. Como qualquer tendão, pode ficar inflamado e de fato é um dos que mais facilmente acabam sofrendo de tendinite.
Desse modo, dentro e fora do mundo do futebol, abuso, sobrecarga ou mau uso da articulação do tornozelo geralmente são responsáveis pelo seu aparecimento, pois a pressão exercida sobre o tendão é maior que a resistência do próprio tendão.
Os principais sintomas incluem dor aguda no local e inchaço. Com efeito, repouso, gelo e anti-inflamatórios geralmente são o tratamento indicado para a tendinite de Aquiles. Além disso, qualquer atividade que piore os sintomas deve ser evitada.
Em alguns casos é preciso imobilizar o calcanhar e mantê-lo elevado para permitir que a inflamação desapareça e evitar que ela se agrave. Quando é observada alguma melhora, a fisioterapia pode ser utilizada para acelerar a recuperação, com massagens para alongar o tecido e aumentar o fluxo sanguíneo.
Por fim, se a situação não melhorar com o tratamento, a cirurgia pode ser necessária.
Fontes: Iocb, Einstein, Efdeportes, BBC
Bibliografia
RAMOS, Gabriel Amorim; et al. Reabilitação nas lesões musculares dos isquiotibiais: revisão da literatura. Rev. bras. ortop. Vol.52. n.1; 11-16, 2017
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MAFFULLI, Nicola; et al. ISMuLT Guidelines for muscle injuries. Journal ListMuscles Ligaments Tendons. Vol.3. n.4; 241-249 , 2013
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